domingo, 30 de setembro de 2007

Jogos dos quartos-de-final

Classificação final do Grupo D

Classificação final do Grupo A

Números: África do Sul-Estados Unidos (64-15)

Ensaios:
África do Sul – 9 (Schalk Burger 9’; Steyn 28’; Habana 35’ e 42’; Van der Linde 48’; Du Preez 54’; Fourie 61’ e 73’; Smith 77’)
Estados Unidos – 2 (Ngwenya 39’; Wyles 51’)

Penalidades convertidas:
África do Sul – 1
Estados Unidos – 1

Posse de bola:
África do Sul – 50 %
Estados Unidos – 50 %

Ocupação de terreno:
África do Sul – 57 %
Estados Unidos – 43 %

Formações ordenadas a favor:
África do Sul – 9 ganhas, 0 perdidas
Estados Unidos – 7 ganhas, 1 perdida

Alinhamentos a favor:
África do Sul – 12 ganhos, 0 perdidos
Estados Unidos – 9 ganhos, 6 perdidos

Erros no jogo à mão:
África do Sul – 15
Estados Unidos - 16

Homem do jogo: Schalk Burger (África do Sul)

Terceiro jogo do dia: África do Sul-Estados Unidos


Estádio: La Mosson (33.650 espectadores)
Cidade: Montpellier
Hora: 19h00
Total de jogos entre as duas selecções: 2
Jogos ganhos pela África do Sul: 2
Jogos ganhos pelos Estados Unidos: 0
Empates: 0
Maior vitória da África do Sul: 38-7
Menor derrota dos Estados Unidos: 43-20
Média de pontos da África do Sul nos jogos contra os Estados Unidos: 41
Média de pontos dos Estados Unidos nos jogos contar a África do Sul: 14

Classe argentina coloca França no caminho dos All Blacks


David Andrade
Foto: Philippe Wojazer/Reuters

Não houve surpresas. O Grupo D ficava esta tarde definido com Argentina, França e Irlanda a disputarem os dois primeiros lugares que garantiam o apuramento para os quartos-de-final. Entrou primeiro em campo a França, que defrontava em Marselha a Geórgia e precisava de alcançar uma vitória com quatro ou mais ensaios para conseguir os cinco pontos que ainda lhe permitia sonhar com o primeiro lugar do grupo. E os franceses não facilitaram. Com uma exibição de alto nível, a França derrotou facilmente a Geórgia por 64-7, mesmo tendo alinhado com algumas habituais “segundas linhas”. Logo aos 6' Poitrenaud marcou o primeiro ensaio. Os georgianos ainda conseguiram resistir durante algum tempo, mas a partir da meia-hora de jogo os gauleses voltaram a carregar no acelerador e em sete minutos obtiveram mais dois ensaios por Nyanga e Beauxis. O intervalo chegava com uma confortável vantagem de 30-0 para a França, no entanto ainda faltava obter o quarto ensaio e garantir o ponto de bónus. O problema foi resolvido logo no início do segundo tempo. Aos 45’ Dominici, após um excelente pontapé de Beauxis, marcou o ensaio que faltava e a França cumpria a sua missão. Até final, os franceses continuaram a praticar um excelente râguebi e terminaram com nove ensaios marcados. Faltava o jogo grande do dia para definir a classificação. No Parque dos Príncipes, em Paris, Argentina e Irlanda tinham os objectivos bem definidos. Para os irlandeses eram imprescindível uma vitória por mais de sete pontos de diferença para assegurarem a qualificação. Os argentinos, para garantirem o primeiro lugar do grupo, tenham que conseguir pelo menos um ponto de bónus, que podia ser obtido através de uma derrota por menos de sete pontos ou alcançando quatro ensaios. Mas nem isso foi preciso. A Argentina voltou a confirmar todo o potencial demonstrado nos três primeiros jogos e não deu qualquer hipótese aos irlandeses. Com um jogo muito inteligente tacticamente e uma óptima defesa, os Pumas conseguiram uma vitória por 30-15, na qual o médio de abertura Juan Martin Hernández voltou a demonstrar toda a sua classe ao conseguir três pontapés de ressalto. Agora, nos quartos-de-final, os Argentinos terão pela frente a Escócia e serão favoritos. Para França resta a árdua tarefa de defrontar a Nova Zelândia. Para complicar ainda mais a tarefa francesa, o jogo contra os All Blacks será disputado em Cardiff, no País de Gales.

Números: Irlanda-Argentina (15-30)

Ensaios:
Irlanda – 2 (O´Driscoll 32’; Murphy 47’)
Argentina – 2 (Borges 17’; Agulla 39’)

Penalidades convertidas:
Irlanda - 1
Argentina – 3

Posse de bola:
Irlanda – 47 %
Argentina – 53 %

Ocupação de terreno:
Irlanda – 43 %
Argentina – 57 %

Formações ordenadas a favor:
Irlanda – 8 ganhas, 0 perdidas
Argentina – 9 ganhas, 0 perdidas

Alinhamentos a favor:
Irlanda – 12 ganhos, 4 perdidos
Argentina – 9 ganhos, 2 perdidos

Erros no jogo à mão:
Irlanda – 10
Argentina - 6

Homem do jogo: Longo Elía (Argentina)

Números: França-Geórgia (64-7)

Ensaios:
França – 9 (Poitrenaud 6’; Nyanga 30’; Beauxis 37’; Dominici 45’ e 57’; Bruno 52’; Nallet 63’; Martin 67’; Bonnaire 80’)
Geórgia – 1 (Maisuradze 72’)

Penalidades convertidas:
França – 3
Geórgia – 0

Posse de bola:
França – 54 %
Geórgia – 46 %

Ocupação de terreno:
França – 59 %
Geórgia – 41 %

Formações ordenadas a favor:
França – 7 ganhas, 1 perdida
Geórgia – 6 ganhas, 0 perdidas

Alinhamentos a favor:
França – 14 ganhos, 2 perdidos
Geórgia – 8 ganhos, 5 perdidos

Erros no jogo à mão:
França – 14
Geórgia - 7

Homem do jogo: Lionel Beauxis (França)

Segundo jogo do dia: Irlanda-Argentina


Estádio: Parque dos Príncipes (47.870 espectadores)
Cidade: Paris
Hora: 16h00
Total de jogos entre as duas selecções: 9
Jogos ganhos pela Irlanda: 5
Jogos ganhos pela Argentina: 4
Empates: 0
Maior vitória da Irlanda: 16-7
Maior vitória da Argentina: 16-0
Média de pontos da Irlanda nos jogos contra a Argentina: 19
Média de pontos da Argentina nos jogos contar a Irlanda: 20

Primeiro jogo do dia: França-Geórgia



Estádio: Velodrome (59.500 espectadores)
Cidade: Marselha
Hora: 14h00
Primeiro jogo oficial entre as duas selecções

Classificação final do Grupo C

Classificação final do Grupo B

Números: Escócia-Itália (18-16)

Ensaios:
Escócia – 0
Itália – 1 (Troncon 13’)

Penalidades convertidas:
Escócia – 6
Itália – 3

Posse de bola:
Escócia – 44 %
Itália– 56 %

Ocupação de terreno:
Escócia – 51 %
Itália– 49 %

Formações ordenadas a favor:
Escócia – 5 ganhas, 1 perdida
Itália – 9 ganhas, 0 perdidas

Alinhamentos a favor:
Escócia – 18 ganhos, 3 perdidos
Itália – 15 ganhos, 4 perdidos

Erros no jogo à mão:
Escócia – 7
Itália - 2

Homem do jogo: Dan Parkes (Escócia)

Chris Paterson coloca Escócia na fase seguinte

David Andrade

A longa jornada de quatros jogos disputada hoje terminou com a Escócia e Itália disputar o segundo lugar no Grupo C, do qual também fez parte Portugal. Pelo percurso que tinham feito neste Mundial, os escoceses eram favoritos. Acabaram por confirmá-lo, mas a vitória, por 18-16, acabou por ser extremamente difícil. A Escócia conseguiu chegar ao triunfo graças à inspiração do médio de abertura Chris Paterson, que obteve a totalidade dos pontos da selecção na conversão de penalidades. A Itália ainda conseguiu marcar um ensaio, pelo seu médio de formação Alessandro Troncon, aos 13’, mas acabou por ser insuficiente. Os italianos estão fora do Campeonato do Mundo, enquanto a Escócia fica a saber amanhã qual o seu adversário amanhã: Argentina, Irlanda ou França.

sábado, 29 de setembro de 2007

Números: País de Gales-Fiji (34-38)

Ensaios:
País de Gales – 5 (Popham 34’; Shane Williams 45’; Gareth Thomas 48’; Mark Jones 51; Martyn Williams 73’)
Fiji – 4 (Qera 16’; Delasau 19’; Leawere 25’; Dewes 77’)

Penalidades convertidas:
País de Gales – 1
Fiji – 4

Posse de bola:
País de Gales – 50 %
Fiji – 50 %

Ocupação de terreno:
País de Gales – 53 %
Fiji – 47 %

Formações ordenadas a favor:
País de Gales – 11 ganhas, 0 perdidas
Fiji – 2 ganhas, 2 perdidas

Alinhamentos a favor:
País de Gales – 11 ganhos, 1 perdido
Fiji – 11 ganhos, 0 perdidos

Erros no jogo à mão:
País de Gales – 12
Fiji - 23

Homem do jogo: Shane Williams (País de Gales)

Fiji surpreende em jogo fantástico


David Andrade

Numa partida electrizante, com alternâncias constantes no marcador, a selecção de Fiji surpreendeu ao derrotar o País de Gales conseguindo, desta forma, o apuramento para os quartos-de-final onde vai defrontar a África do Sul. A selecção do Pacífico chegou a estar a vencer por 25-3, perto do final da primeira parte, mas a sete minutos do fim o País de Gales conseguiu dar a volta no marcador e passar para a frente por 34-31. Mas os fijianos não desistiram e com apenas dois minutos para jogar, Graham Dewes obteve o quarto ensaio de Fiji na partida, que Nicky Little converteu de seguida, fixando o marcador final em 38-34. O País de Gales, que conseguiu cinco ensaios neste jogo, acaba desta forma por ser eliminado inesperadamente na fase de grupos.

Quarto jogo do dia: Escócia-Itália


Estádio: La Beaujoire (35.600 espectadores)
Cidade: Saint-Etienne
Hora: 20h00
Total de jogos entre as duas selecções: 12
Jogos ganhos pela Escócia: 8
Jogos ganhos pela Itália: 4
Empates: 0
Maior vitória da Escócia: 47-15
Maior vitória da Itália: 37-17
Média de pontos da Escócia nos jogos contra a Itália: 25
Média de pontos da Itália nos jogos contar a Escócia: 20

Números: Austrália-Canadá (37-6)

Ensaios:
Austrália – 6 (Al Baxter 24’; Adam Freier 34’; George Smith 51’; Drew Mitchell 63’ e 65’; Chris Latham 74’)
Canadá – 0

Penalidades convertidas:
Austrália - 1
Canadá – 2

Posse de bola:
Austrália – 68 %
Canadá – 32 %

Ocupação de terreno:
Austrália – 64 %
Canadá – 36 %

Formações ordenadas a favor:
Austrália – 11 ganhas, 2 perdidas
Canadá – 14 ganhas, 1 perdida

Alinhamentos a favor:
Austrália – 14 ganhos, 1 perdido
Canadá – 8 ganhos, 9 perdidos

Erros no jogo à mão:
Austrália – 16
Canadá - 6

Homem do jogo: Hugh McMeniman (Austrália)

Austrália termina fase de grupos só com vitórias


David Andrade

Não foi preciso carregar muito no acelerador. A Austrália terminou a fase de grupos cem por cento vitoriosa ao derrotar esta tarde, em Bordéus, o Canadá por 37-6. Sem nada para decidir neste encontro (a Austrália já tinha o primeiro lugar do Grupo B assegurado e o Canadá não tinha qualquer hipótese de conquistar o apuramento), os Wallabies limitaram-se a cumprir calendário com uma exibição q.b.. Depois de Huxley ter dado uma vantagem de 3-0 no segundo minuto aos australianos na conversão de uma penalidade, Al Baxter obteve o primeiro ensaio da selecção da Oceânia aos 24’. Dez minutos depois foi a vez Adam Freier obter o segundo e fixar o resultado em 13-0 ao intervalo. No início do segundo tempo, James Pritchard ainda encurtou a distância no marcador para os canadianos (12-3), mas os australianos obtiveram mais quatro ensaios até final da partida e acabaram com um triunfo por 37-6. A Austrália vai agora defrontar nos quartos-de-final a Inglaterra.

Terceiro jogo do dia: País de Gales-Fiji


Estádio: La Beaujoire (38.100 espectadores)
Cidade: Nantes
Hora: 16h00
Total de jogos entre as duas selecções: 1
Jogos ganhos pelo País de Gales: 1
Jogos ganhos pelas Fiji: 0
Empates: 0
Maior vitória do País de Gales 58-14
Menor derrota das Fiji: 58-14
Média de pontos do País de Gales nos jogos contra as Fiji: 58
Média de pontos das Fiji nos jogos contar o País de Gales: 14

Números: Nova Zelândia-Roménia (85-8)

Ensaios:
Nova Zelândia – 13 (Sivivatu 1’ e 24’; Masoe 10’; Rokocoko 15’, 58’ e 66’; Evans 18’; Mauger 37’; Toeava 47’ e 80’; Hore 64’; Smith 75’; Howlett 79’)
Roménia – 1 (Tincu 31’)

Penalidades convertidas:
Nova Zelândia - 0
Roménia – 1

Posse de bola:
Nova Zelândia – 57 %
Roménia – 43 %

Ocupação de terreno:
Nova Zelândia – 51 %
Roménia – 49 %

Formações ordenadas a favor:
Nova Zelândia – 9 ganhas, 0 perdidas
Roménia – 6 ganhas, 1 perdida

Alinhamentos a favor:
Nova Zelândia – 12 ganhos, 2 perdidos
Roménia – 8 ganhos, 1 perdidos

Erros no jogo à mão:
Nova Zelândia – 13
Roménia - 6

Homem do jogo: Joe Rokocoko (Nova Zelândia)

Mais uma vitória tranquila neozelandesa


David Andrade

Quarto jogo no Campeonato do mundo, quarta vitória tranquila da Nova Zelândia. Os All Blacks defrontaram hoje ao início da tarde a Roménia e ganharam, sem dificuldades, por 85-8. Os neozelandeses já tinham garantido o primeiro lugar do Grupo C, o mesmo de Portugal, e ficam amanhã a saber quem será o segundo classificado do Grupo D – Argentina, França ou Irlanda -, o seu adversário nos quartos-de-final. Se Portugal tinha resistido pouco mais de três minutos, a Roménia aguentou 37 segundos, altura em que Sitiveni Sivivatu marcou o primeiro ensaio do jogo. Foi um início a todo o gás das All Blacks ao qual os romenos não conseguiram resistir. Com apenas 24 minutos, a Nova Zelândia já vencia por 31-0 e tinha alcançado cinco ensaios – no mesmo período de jogo contra a selecção nacional o resultado estava em 12-3, com apenas dois ensaios neozelandeses. Mas ao contrário do que aconteceu com os portugueses, no final das duas partes do jogo, os romenos não quebraram fisicamente. Pelo contrário: a Roménia nos últimos 10 minutos do primeiro tempo conseguiu equilibrar a partida e chegou mesmo ao ensaio aos 31’, através, claro, de uma jogada de insistência dos seus avançados que seria finalizada pelo talonador Marius Tincu – que também marcou um ensaio contra Portugal. Com 36-5 ao intervalo, a Nova Zelândia no segundo tempo foi renovando a equipa e colocou em campo algumas das suas estrelas, como Richie McCaw, Chris Jack e Doug Howlett. O resultado aos poucos foi disparando e no final a Nova Zelândia terminou com 13 ensaios marcados. Destaque para Joe Rokocoko que conseguiu três e para Doug Howlett que apesar de ter jogado apenas os últimos 25 minutos obteve mais um ensaio (o seu 49.º pelos All Blacks).

Segundo jogo do dia: Austrália-Canadá


Estádio: Chaban-Delmas (34.440 espectadores)
Cidade: Bordéus
Hora: 14h00
Total de jogos entre as duas selecções: 5
Jogos ganhos pela Austrália: 5
Jogos ganhos pelo Canadá: 0
Empates: 0
Maior vitória da Austrália: 74-9
Menor derrota do Canadá: 27-11
Média de pontos da Austrália nos jogos contra o Canadá: 49
Média de pontos do Canadá nos jogos contar a Austrália: 11

Primeiro jogo do dia: Nova Zelândia-Roménia


Estádio: Municipal (35.700 espectadores)
Cidade: Toulouse
Hora: 12h00
Total de jogos entre as duas selecções: 1
Jogos ganhos pela Nova Zelândia: 1
Jogos ganhos pela Roménia: 0
Empates: 0
Maior vitória da Nova Zelândia: 14-6
Menor derrota da Roménia: 14-6
Média de pontos da Nova Zelândia nos jogos contra a Roménia: 14
Média de pontos da Roménia nos jogos contar a Nova Zelândia: 6

Selecção nacional homenageada no intervalo do Benfica-Sporting

David Andrade

A selecção portuguesa vai ser alvo de uma homenagem amanhã no intervalo do derby entre o Benfica e Sporting. Será o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, que irá distinguir os jogadores e treinadores portugueses que estiveram presentes no Campeoanto do Mundo de França. O Benfica é o único dos três grandes do futebol nacional que tem uma secção de râguebi, no entanto, Tomaz Morais faz parte dos quadros do Sporting.

Números: Inglaterra-Tonga (36-20)

Ensaios:
Inglaterra – 4 (Paul Sackey 20’ e 38’; Mathew Tait 57’; Andy Farrell 66’)
Tonga – 2 (Hufanga 17’; T Pole 80’)

Penalidades convertidas:
Inglaterra - 2
Tonga – 2

Posse de bola:
Inglaterra – 54 %
Tonga – 46 %

Ocupação de terreno:
Inglaterra – 53 %
Tonga – 47 %

Formações ordenadas a favor:
Inglaterra – 9 ganhas, 0 perdidas
Tonga – 10 ganhas, 0 perdidas

Alinhamentos a favor:
Inglaterra – 12 ganhos, 1 perdido
Tonga – 12 ganhos, 1 perdidos

Erros no jogo à mão:
Inglaterra – 6
Tonga - 12

Homem do jogo: Paul Sackey (Inglaterra)

Inglaterra vence Tonga e vai defrontar a Austrália

David Andrade

Era o jogo do tudo ou nada para a Inglaterra. Os actuais campeões do mundo, depois de nas três primeiras partidas terem conseguido duas vitórias pouco convincentes contra os EUA e Samoa e terem sido batidos por esclarecedores 36-0 contra a África do Sul, defrontavam no Parque dos Príncipes, em Paris, uma das selecções que mais surpreenderam nesta primeira fase (Tonga). Mesmo sem terem realizado uma grande exibição, os ingleses mostraram algumas melhorias e conseguiram vencer por 36-20. Para isso contaram novamente com o génio de Jonny Wilkinson – que mesmo sem ter feito uma exibição brilhante marcou 16 pontos – e com alguma ingenuidade dos tonganeses. A selecção do Pacífico conseguiu ser superior em largos minutos da partida, mas cometeu demasiados erros técnicos e foi eliminada da competição. A Inglaterra conseguiu assim garantir o segundo lugar do Grupo A (a África do Sul já tinha o primeiro posto confirmado) e vai defrontar nos quartos-de-final a Austrália. Vai ser uma reedição da final do último Mundial.Tonga entrou melhor no encontro. Com o seu râguebi característico – muito jogo à mão e circulações de bola pelos três-quartos – os tonganeses dominaram por completo os primeiros 20 minutos e conseguiram ganhar vantagem no marcador. Aos 10’, na marcação de uma penalidade, Pierre Hola colocou Tonga na frente por 3-0. Wilkinson respondeu quatro minutos depois, também numa penalidade, e igualou o marcador. Mas a selecção tonganesa controlava a partida por completo e não causou nenhuma surpresa quando aos 17’ conseguiu chegar ao ensaio por Hufanga. Mas o génio de Wilkinson acordou os ingleses. Três minutos depois, o médio de abertura cobrou rapidamente uma penalidade colocando a bola por alto de toda a defesa de Tonga. O ponta Paul Sackley só teve que a receber e confirmar o primeiro ensaio de Inglaterra e reduzir para 10-8. Pouco depois da meia hora de jogo, Wilkinson, através de uma penalidade, colocava o resultado em 11-10. Os actuais campeões mundiais assumiram a liderança do marcador e nunca mais a perderam. Apesar da vontade dos jogadores de Tonga, os seus erros técnicos – muitas faltas desnecessárias e passes falhados – foram ajudando os ingleses a dilatar a vantagem e, até final, conseguiram mais três ensaios, contra apenas um de Tonga no último minuto.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Schalk Burger “ansioso” pelo regresso


David Andrade

A África do Sul já tem o primeiro lugar do Grupo A garantido, mas para Schalk Burger, uma das principais estrelas sul-africanas, o jogo de amanhã contra os Estados Unidos é especial. Burger falhou o segundo e terceiro jogo da sua selecção neste Campeonato do Mundo, depois de ter sido castigado com dois jogos por ter cometido uma placagem perigosa na primeira partida da África do Sul contra Samoa. Cumprido o castigo, Schalk Burger vai regressar ao quinze sul-africano amanhã e afirmou hoje que está “ansioso” por esse momento. “Foi frustrante [o castigo]. Mas regresso este fim-de-semana e mal posso esperar por estar de volta ao relvado”, começou por dizer. Neste encontro, Burger vai alinhar a “número 8”, uma posição onde tem sido pouco utilizado na selecção da África do Sul. Para o jogador isso não é problema: “Joguei alguns jogos nessa posição no meu clube. Na minha primeira internacionalização também joguei a ‘número 8’, mas desde essa altura que tenho sido utilizado a flanqueador. Agora estou ansioso pelo regresso a esse lugar e espero fazer um bom jogo amanhã.”

Equipa Inicial: 1 - Os du Randt; 2 - John Smit (c); 3 - BJ Botha; 4 - Albert van den Berg; 5 - Victor Matfield; 6 - Wickus van Heerden; 7 - Juan Smith; 8 - Schalk Burger; 9 - Fourie du Preez; 10 - Butch James; 11 - Bryan Habana; 12 - Francois Steyn; 13 - Jaque Fourie; 14 - Akona Ndungane;15 - Percy Montgomery.

Suplentes: 16 - Bismarck du Plessis; 17 - CJ van der Linde; 18 - Bakkies Botha; 19 - Bobby Skinstad; 20 - Ruan Pienaar; 21 - Andre Pretorius; 22 - JP Pietersen.

Austrália perde Stephen Larkham para os próximos jogos


David Andrade

Stephen Larkham, uma das vedetas da selecção australiana, sofreu uma lesão no joelho e, na melhor das hipóteses, só voltará a jogar no Campeonato do Mundo nas meias-finais. O médio de abertura dos Wallabies foi vítima de uma infecção num joelho e submeteu-se a uma pequena cirurgia ontem. A Austrália já tem o primeiro lugar no Grupo B garantido e vai defrontar nos quartos-de-final o vencedor da partida desta noite entre Inglaterra e Tonga. Amanhã os australianos jogam contra o Canadá, às 14h.

Equipa inicial:1 - Greg Holmes; 2 - Adam Freier; 3 - Al Baxter; 4 - Nathan Sharpe; 5 - Mark Chisholm; 6 - Hugh McMeniman; 7 - George Smith (c); 8 - David Lyons; 9 - Sam Cordingley; 10 - Julian Huxley; 11 - Drew Mitchell; 12 - Adam Ashley-Cooper; 13 - Lote Tuqiri; 14 - Cameron Shepherd; 15 - Chris Latham.

Suplentes: 16 - Sean Hardman; 17 - Guy Shepherdson; 18 - Rocky Elsom; 19 - Phil Waugh; 20 - Stephen Hoiles; 21 - George Gregan; 22 - Matt Giteau.

Dan Carter lesionou-se e falha jogo com a Roménia


David Andrade

Ao contrário do que tinha sido anunciado ontem, Dan Carter não vai jogar contra a Roménia. A estrela neozelandesa sofreu uma lesão muscular e será substituída por Luke McAlister na posição de médio de abertura. Para o lugar de McAlister, no banco de suplentes, foi chamado Doug Howlett. A partida entre a Nova Zelândia e a Roménia disputa-se amanhã, às 12h, em Toulouse.

Jogo do dia: Inglaterra-Tonga


Estádio: Parque dos Príncipes (47.000 espectadores)
Cidade: Paris
Hora: 20h00
Total de jogos entre as duas selecções: 1
Jogos ganhos pela Inglaterra: 1
Jogos ganhos por Tonga: 0
Empates: 0
Maior vitória da Inglaterra: 101-10
Menor derrota de Tonga: 101-10
Média de pontos da Inglaterra nos jogos contra Tonga: 101
Média de pontos de Tonga nos jogos contra a Inglaterra: 10

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

França regressa à fórmula inicial


David Andrade

O treinador francês Bernard Laporte anunciou hoje a equipa que vai disputar o último jogo do Grupo D, contra a Geórgia. E as alterações são muitas. Laporte voltou a apostar em grande parte dos jogadores que tinham sido escolhidos para o jogo inaugural do Campeonato do Mundo, contra a Argentina, e que tinham sido afastados nos jogos seguintes, depois da derrota francesa nessa partida. Segundo o treinador francês os atletas agora escolhidos “precisam de jogar outra vez, depois do mau jogo que fizeram. Não foi um castigo [terem ficado de fora nos jogos seguintes] e permite competição pelos lugares”. A França está actualmente colocada em segundo lugar e precisa de vencer o jogo contra os georgianos com quatro e mais ensaios marcados e, ao mesmo tempo, que a Argentina seja derrotada pela Irlanda sem conseguir qualquer ponto de bónus – que pode ser conseguido com uma derrota inferior a sete pontos ou marcando quatro ensaios num jogo. Só se esta conjugação de factores acontecer é que a França conseguirá obter o primeiro lugar no grupo, evitando uma indesejada viagem a Cardiff nos quartos-de-final para defrontar a Nova Zelândia.

Equipa inicial: 1 - Olivier Milloud; 2 - Sébastien Bruno; 3 - Jean-Baptiste Poux; 4 - Lionel Nallet; 5 - Jérôme Thion; 6 - Serge Betsen (c); 7 - Yannick Nyanga; 8 - Julien Bonnaire; 9 - Pierre Mignoni; 10 - Lionel Beauxis; 11 - Christophe Dominici; 12 - Yannick Jauzion; 13 - David Marty, 14 - Aurélien Rougerie; 15 - Clément Poitrenaud.

Suplentes: 16 - Dimitri Szarzewski; 17 - Nicolas Mas; 18 - Fabien Pelous; 19 - Rémy Martin; 20 - Jean-Baptiste Elissalde; 21 - David Skrela; 22 - Vincent Clerc.

Inglaterra com duas alterações para o decisivo jogo contra Tonga


David Andrade

É já amanhã o jogo do tudo ou nada para os actuais campeões do mundo. Às 20h00, no Parque dos Príncipes, em Paris, a selecção inglesa defronta Tonga, numa partida em que quem vencer garante o segundo lugar Grupo A e o respectivo apuramento para os quartos-de-final, onde o adversário será a Austrália. Para os ingleses, que têm desiludido, o jogo é de capital importância e uma derrota seria um autêntico desastre. Para este encontro, o treinador Brian Ashton vai proceder a duas alterações em relação ao último jogo contra Samoa. Saem da equipa Simon Shaw e Joe Worsley, entrando para os seus lugares Steve Borthwick e Lewis Moody. Phil Vickery já cumpriu o castigo imposto pelo IRB, mas iniciará o desafio no banco, enquanto Jonny Wilkinson mantém o lugar de médio de abertura pelo segundo jogo consecutivo.

Quinze inicial da Inglaterra: 1 - Andrew Sheridan; 2 - George Chuter; 3 - Matt Stevens; 4 - Steve Borthwick; 5 - Ben Kay; 6 - Martin Corry (c); 7 - Lewis Moody; 8 - Nick Easter; 9 - Andy Gomarsal; 10 - Jonny Wilkinson; 11 - Mark Cueto; 12 - Olly Barkley; 13 - Mathew Tait; 14 - Paul Sackey; 15 - Josh Lewsey.

Suplentes:16 - Lee Mears; 17 - Phil Vickery; 18 - Lawrence Dallaglio; 19 - Joe Worsley; 20 - Peter Richards; 21 - Andy Farrell; 22 - Dan Hipkiss.

Collins e Rokocoko regressam, McCaw no banco


David Andrade

Apesar de já ter o primeiro lugar no Grupo C garantido, a Nova Zelândia vai apresentar uma equipa forte no último jogo da fase de grupos, contra a Roménia. Depois de terem ficado de fora da partida contra a Escócia, Jerry Collins e Joe Rokocoko vão regressar ao quinze neozelandês, enquanto Dan Carter ou Chris Masoe mantêm-se na equipa. No banco ficam Richie McCaw (a grande estrela) e Chris Jack, enquanto Ali Williams, por exemplo, ficou fora dos 22 convocados. O Nova Zelândia-Roménia disputasse no próximo dia 29, em Toulouse.

Quinze inicial: 1 - Neemia Tialata; 2 - Keven Mealamu; 3 - Greg Somerville; 4 - Reuben Thorne; 5 - Keith Robinson; 6 - Jerry Collins (c); 7 - Chris Masoe; 8 - Sione Lauaki; 9 - Andrew Ellis; 10 - Dan Carter; 11 - Sitiveni Sivivatu; 12 - Aaron Mauger; 13 - Isaia Toeava; 14 - Joe Rokocoko; 15 - Nick Evans.

Suplentes: 16 - Andrew Hore; 17 - Tony Woodcock; 18 - Chris Jack; 19 - Richie McCaw; 20 - Brendon Leonard; 21 - Luke McAlister; 22 - Conrad Smith.

Silêncio que se vai cantar o fado...

Gonçalo Foro: Estudante, jogador de râguebi da selecção nacional e fadista.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Entrevista com Tomaz Morais

David Andrade, em Toulouse (texto e foto)



PÚBLICO -Que balanço faz da participação portuguesa no Campeonato do Mundo de râguebi?
Tomaz Morais - Fantástico. Não podia ser mais positivo. Tal como os jogadores disseram no final do jogo contra a Roménia, se pudéssemos comprar estes resultados, comprávamos. Faltou-nos a sorte que não tivemos connosco e procurámo-la. Contra a Roménia não tivemos jogadores como o Marcelo D’ Orey, o Vasco [Uva] ou o Juan Severino. Sem menosprezar os outros, estes são três jogadores importantes que jogam na segunda-linha e nesse jogo não tivemos segunda-linha de fora e, a determinado momento do encontro, eles lançaram grandes armas, como o Tincu e o Socol, jogadores de renome mundial e de alto nível. Aí fez-se a diferença. Penso que fizemos grandes jogos e os resultados nunca reflectiram as exibições da equipa. Defendemos grandes valores e a grande atitude da equipa e tudo isso ficou aqui dignificado. Os jogadores portaram-se como heróis. Toda a equipa, quando jogou, colocou tudo o que tinha em campo e foram valentes. Andaram com a cabeça onde os outros metem as botas. A prestação deles foi fantástica.

Qual foi o melhor e o pior jogo de Portugal?
Todos os jogos foram bons. Tivemos um momento contra a Nova Zelândia, após o nosso pontapé de ressalto, em que nos perdemos completamente em campo e eles marcaram pontos de uma forma demasiado fácil. Depois houve grandes momentos. Marcar um ensaio à Nova Zelândia ficará para sempre na história do râguebi mundial. Não há muitas equipas que se possam orgulhar de lhes marcar um ensaio e nós fizemo-lo e isso é muito importante. Nunca mais esquecerei o momento em que cantamos o primeiro hino nacional [contra a Escócia] e em que pisamos o relvado e sentimos que era mesmo verdade, que estávamos no Mundial. Fizemos uma grande defesa contra a Itália, que foi fantástica e onde a quinze minutos do fim estávamos a perder por 16-5, só com um ensaio sofrido, quando tínhamos perdido por 83 pontos há sete ou oito meses atrás. No jogo contra a Escócia quando tivemos a bola atacamos muitíssimo bem. Foi muito bonito. Nos primeiros vinte e cinco minutos contra os neozelandeses tivemos a coragem de nos pormos à frente deles com aquela valentia a demonstrar a raça portuguesa. Finalmente, contra a Roménia, estivemos muito bem tacticamente e soubemos por a pressão na equipa romena e obrigamo-los a cometer erros. Com um pouquinho mais de sorte e uma análise diferente [do árbitro] numa ou duas situações da partida, como a agressão ao Christian [Spachuk] o jogo podia ter mudado.

Portugal marcou quatro ensaios e teve três”man of the match”. Antes do Mundial pensava que isso iria ser possível?
Não vou mentir, porque os jogadores conhecem-me bem e sabem que tenho sempre um pensamento muito positivo. Mas nunca pensei que Portugal pudesse ter três “man of the match” e os resultados que tivemos aqui. Acho que superamos as expectativas e os objectivos que tínhamos colocado. Se tivéssemos chegado ao fim com todos os jogadores aptos, tínhamos saído com uma vitória. Não posso pedir mais e agora, foi o que disse à equipa, há que olhar para a frente e levantar a cabeça. Não há motivos para lamentações e a partir de agora vamos começar a preparar o Mundial de 2011 na Nova Zelândia.

Em 2003 disse, em entrevista ao PÚBLICO, que o Campeonato do Mundo de 2007 era um objectivo pelo qual iriam lutar arduamente. Em 2011 Portugal vai voltar a chegar a um Mundial?
Ainda vai acontecer muita coisa até lá. Acho que se forem dadas condições de trabalho, como foram dadas agora a esta selecção que trabalhou durante quatro meses junta, durante todo o ano, estou convencido que Portugal vai lutar centímetro a centímetro pela participação no Mundial de 2011.

O que é preciso fazer agora para o râguebi não voltar a cair no esquecimento em Portugal?
É preciso que no mês de Outubro os jogadores não dêem seis ou sete passos para trás e deixem de puder treinar no tempo que têm, nomeadamente os jogadores mais jovens. Acho que se deve manter este semiprofissionalismo. Nós não queremos um râguebi profissional. Queremos um râguebi semiprofissional, bem negociado com as empresas e universidades para que os jogadores possam treinar com os valores que a alta competição exige. Pretendemos também que seja criada uma academia de râguebi no Estádio Nacional e sejam dadas as condições materiais para que uma equipa trabalhe e possa depois jogar a este nível. Na selecção é isto que se pretende. Precisamos do acordo dos clubes para trabalhem num sentido só e sintam que isto também foi um trabalho deles. Se houver uma grande força a trabalhar no mesmo sentido, estaremos no Mundial de 2011 e depois em 2015.

O regresso a casa dos “lobos maus”

Por Filipe Escobar de Lima

Eles são maus. São muito maus. Os “lobos” regressaram ontem a casa e marcharam triunfantes na chegada ao Aeroporto da Portela, em Lisboa. Na recepção, várias dezenas de adeptos, familiares, tudo muito português. Vermelho e verde. Bandeiras, cachecóis e orgulho. Muito orgulho. A acompanhar o passo dos atletas na boca de acesso à saída, entoou-se o hino nacional. A Portuguesa ganhou novo fôlego cantada nos estádios do Mundial de râguebi, em França. Agora, a emoção voltou, cantada junto aos novo heróis. “É muito especial”, disse Salvador, de bola de râguebi na mão e caneta na outra. Este mini-atleta, não mais de 15 anos, desta modalidade de homens brutos veio à caça de autógrafos e fotografias. Os mais improváveis heróis, à cabeça com o treinador Tomaz Morais, foram engolidos pela maré de gente que se especou no hall das chegadas. Entupiram a sua saída, formaram uma barragem e placaram os jogadores. Mas desta vez os “lobos” não ripostaram e deixaram-se estar. Um a um foram aparecendo, quase iluminados. Eles são mesmo maus: um de braço ao peito, outro com o olho negro, mais um a cambalear. Mas todos de sorriso aberto e franco, impecavelmente vestidos com o fato da selecção, azul, todos a condizer. Os irredutíveis portugueses chegaram e foram aplaudidos. Eles que trouxeram 38 pontos. É tudo o que a melhor selecção amadora de râguebi do mundo tem para oferecer – “e já é bastante”, disse Matilde, que foi com a mãe receber a equipa. Sem vitórias, com quatro derrotas (Escócia, Nova Zelândia, Itália e Roménia) e 209 pontos consentidos. “Não estávamos à espera desta recepção. Nunca tínhamos sido recebidos com gente a cantar-nos o hino. É impressionante”, contou Rui Cordeiro, lembrando que nunca os jogos do Mundial da selecção portuguesa tinham sido tão mediatizados. “Todos os objectivos foram cumpridos, excepto a derrota com a Roménia.” Vasco Uva, o capitão que apareceu de braço ao peito devido à operação a um polegar, parecia a encarnação de um herói, ainda com as mazelas da “guerra”. “Foi impressionante jogar contra a Nova Zelândia, inesquecível. Respondemos àquilo que nos pediram”, disse segundos antes de ser engolido pelos adeptos. Homens, miúdos, idosos, crianças. Todos marcaram presença. Muitas câmaras de filmar, vários canais de televisão, jornais, flashes, canetas e blocos, alguns para as assinaturas dos jogadores. Gravadores e máquinas fotográficas de bolso; muitas fotos para levar para casa e mostrar aos amigos em formato digital. “É uma emoção muito grande. Tivemos uma prestação muito digna, com enorme espírito e trabalhámos com crença”, desabafou o seleccionador. O espírito é marcar presença no próximo Mundial, daqui a quatro anos. E pensar em voos maiores. Com a janela mediática que este Mundial abriu, há clubes estrangeiros (profissionais) interessados nestes amadores, confessaram alguns...

Mundial em Imagens: Portugal-Roménia II

Fotos: David Andrade, em Toulouse






Mundial em Imagens: Portugal-Roménia I

Fotos: David Andrade, em Toulouse






Números: Samoa-Estados Unidos (25-21)

Ensaios:
Samoa – 3 (Fa´atau 5’; Tuilagi 9’; Thompson 37’)
Estados Unidos – 2 (Ngwenya 53’; Stanfill 79’)

Penalidades convertidas:
Samoa - 2
Estados Unidos – 3

Posse de bola:
Samoa – 54 %
Estados Unidos – 46 %

Ocupação de terreno:
Samoa – 60 %
Estados Unidos – 40 %

Formações ordenadas a favor:
Samoa – 7 ganhas, 4 perdidas
Estados Unidos – 10 ganhas, 1 perdida

Alinhamentos a favor:
Samoa – 12 ganhos, 1 perdido
Estados Unidos – 6 ganhos, 6 perdidos

Erros no jogo à mão:
Samoa – 26
Estados Unidos - 14

Homem do jogo: Fuimaono-Sapolu (Samoa)

Números: Geórgia-Namíbia (30-0)

Ensaios:
Geórgia – 3 (Giorgadze 37’; Machkhaneli 70’; Kacharava 80’)
Namíbia – 0

Penalidades convertidas:
Geórgia - 3
Namíbia – 0

Posse de bola:
Geórgia – 61 %
Namíbia – 39 %

Ocupação de terreno:
Geórgia – 67 %
Namíbia – 33 %

Formações ordenadas a favor:
Geórgia – 6 ganhas, 0 perdidas
Namíbia –5 ganhas, 3 perdida

Alinhamentos a favor:
Geórgia – 9 ganhos, 2 perdidos
Namíbia – 15 ganhos, 6 perdidos

Erros no jogo à mão:
Geórgia – 7
Namíbia - 12

Homem do jogo: Kvirikashvili (Geórgia)

Segundo jogo do dia: Samoa-Estados Unidos

Estádio: Félix-Bollaert (37400 espectadores)
Cidade: Saint-Etienne
Hora: 19h00
Total de jogos entre as duas selecções: 2
Jogos ganhos por Samoa: 2
Jogos ganhos pelos Estados Unidos: 0
Empates: 0
Maior vitória de Samoa: 27-20
Menor derrota dos Estados Unidos: 19-12
Média de pontos de Samoa nos jogos contra os Estados Unidos: 23
Média de pontos dos Estados Unidos nos jogos contra Samoa: 16

Primeiro jogo do dia: Geórgia-Namíbia

Estádio: Félix-Bollaert (41000 espectadores)
Cidade: LensHora: 17h00
Total de jogos entre as duas selecções: 1
Jogos ganhos pela Geórgia: 1
Jogos ganhos pela Namíbia: 0
Empates: 0
Maior vitória da Geórgia: 26-18
Menor derrota da Namíbia: 26-18
Média de pontos da Geórgia nos jogos contra a Namíbia: 26
Média de pontos da Namíbia nos jogos contra a Geórgia: 18

Selecção nacional regressa esta quarta-feira


David Andrade, em Toulouse

O regresso da selecção portuguesa está marcado para esta quarta-feira. Os jogadores de Portugal chegarão ao aeroporto da Portela, em Lisboa, por volta das 16h30, num voo (BLE 358) directo de Toulouse.

Joaquim Ferreira homenageado pelo Governo

David Andrade, em Toulouse

No final de jogo, realizou-se uma homenagem a Joaquim Ferreira, o jogador mais internacional de sempre por Portugal, que terminou a sua longa carreira de 19 anos contra a Roménia. Preparada com grande secretismo, a cerimónia contou com a presença do Ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, e do Secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias. Os dois governantes deslocaram-se a Toulouse para assistir à despedida dos Lobos no Campeonato do Mundo, aproveitando, no final, para prestarem uma homenagem ao jogador, que referiu achar que podia “ser competitivo por mais uns dois anos”, mas este “é um bom momento para sair”. E a despedida foi com um ensaio. A Joaquim Ferreira foi atribuido pelo Governo português a Medalha de bons serviços desportivos.

Declarações no final do Portugal-Roménia

David Andrade, em Toulouse

Tomaz Morais:
“Sabíamos que iria ser um jogo muito difícil e disputado. Jogamos muito bem na primeira parte, mas no segundo tempo estávamos muito cansados. Seria difícil vencer, mas estamos desiludidos porque o objectivo neste Campeonato do Mundo era vencer a Roménia. Mesmo assim acho que fizemos um excelente trabalho. Os jogadores dignificaram o país pela atitude com que jogaram. Jogamos com o coração e mostramos a toda a gente como Portugal joga râguebi. Há algumas semanas ninguém acreditaria que iríamos conseguir os resultados que conseguimos. Agora queremos fazer um novo projecto. Precisamos de condições semiprofissionais para os jogadores da selecção”

Joaquim Ferreira:
“Tivemos muitos problemas esta semana com as lesões. Jogadores como o Marcelo D´Orey e o Vasco Uva são muito importantes para nós. Os nossos avançados não são grandes o suficiente, e isso faz toda a diferença, mas lutamos até ao fim e estamos orgulhosos do que conseguimos aqui. Preferia ter saído com uma vitória do que com um ensaio. A única coisa que penso agora é em ir de férias.”

Diogo Coutinho:
“Foi uma honra [ser escolhido como o melhor em campo], mas teria ficado mais satisfeito com uma vitória. Ser o ‘man of the mach’ pode abrir-me algumas portas, mas neste momento estou satisfeito por jogar em Portugal.”

António Aguilar:
“Sabíamos que ia ser muito difícil. Só vencemos a Roménia uma vez e foi em casa. Estivemos muito perto de vencer, mas nos momentos finais não conseguimos.”

Miguel Portela:
“Foi muito bom, mas temos que aprender mais, nunca desistir e continuar a crescer como equipa. Fizemos um grande esforço para chegarmos ao Mundial e vamos melhorar o nosso râguebi.”

Cardoso Pinto
“Acho que toda a equipa jogou bem, mas nos momentos finais do jogo foi muito difícil, principalmente para os avançados. Tentamos vencer, mas não conseguimos.”

Números: Portugal-Roménia (10-14)

Ensaios:
Portugal – 1 (Joaquim Ferreira, 18’)
Roménia – 2 (Tincu, 63’; Corodeanu 72’)

Penalidades convertidas:
Portugal - 1
Roménia – 0

Posse de bola:
Portugal – 39 %
Roménia – 61 %

Ocupação de terreno:
Portugal – 35 %
Roménia – 65 %

Formações ordenadas a favor:
Portugal – 11 ganhas, 3 perdidas
Roménia –10 ganhas, 1 perdida

Alinhamentos a favor:
Portugal – 11 ganhos, 6 perdidos
Roménia – 21 ganhos, 4 perdidos

Erros no jogo à mão:
Portugal – 7
Roménia - 12

Homem do jogo: Diogo Coutinho (Portugal)

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Portugal ficou a oito minutos da merecida vitória


David Andrade, em Toulouse (texto e foto)

Acaba por ser uma saída do Campeonato do Mundo ingrata. Mais uma vez, a selecção nacional voltou a mostrar-se a muito bom nível, praticou um râguebi atractivo e impressionou todos os espectadores no estádio. Mas não venceu. Frente a uma selecção (Roménia) que marcou presença em todos os Campeonatos do Mundo, que apenas por uma vez em cinco edições não tinha conseguido qualquer vitória e cujos jogadores são profissionais e, muitos deles, jogam no principal escalão francês, Portugal foi superior, enquanto teve resistência. Apesar do saldo final de quatro derrotas em outros tantos jogos, eram os próprios jornalistas franceses que, no estádio, comentavam que Portugal saía deste Campeonato do Mundo de "cabeça bem erguida".
A derrota por 14-10 contra os romenos não traduz a maior qualidade que a selecção portuguesa apresentou, mas o desgaste provocado pelas sucessivas investidas dos avançados da Roménia acabou por ser fatal nos últimos oito minutos, quando Portugal vencia por 10-7. Joaquim Ferreira, no seu jogo de despedida, acabou por ser o marcador do ensaio português e Diogo Coutinho o "man of the mach". Em quatro jogos, Portugal acaba por conseguir marcar quatro ensaios e apenas no jogo contra a Nova Zelândia o melhor em campo não foi um português.

Chuva para a despedida

David Andrade, em Toulouse

Não durou muito tempo, mas a chuva apareceu a pouco mais de uma hora de Portugal começar o último jogo no Campeonato do Mundo de râguebi. Em Toulouse, conhecida como a "capital do râguebi francês", a modalidade está por tudo o lado. É nesta cidade que joga um dos melhores clubes europeus, o Stade Toulousain, que já venceu 3 Taças da Europa e 16 campeonatos franceses. Com 33 jogadores profissionais, o Stade Toulousain tem um impressionante orçamento anual só para o râguebi de 20 milhões de euros. Entretanto, no relvado do Municipal de Toulouse, os jogadores portugueses fazem o aquecimento antes da despedida do Mundial.

Segundo jogo do dia: Portugal-Roménia


Estádio: Municipal (35.700 espectadores)
Cidade: Toulouse
Hora: 19h00
Total de jogos entre as duas selecções: 17
Jogos ganhos por Portugal: 1
Jogos ganhos pela Roménia: 11
Empates: 0
Maior vitória de Portugal: 16-15
Maior vitória da Roménia: 92-0
Média de pontos de Portugal nos jogos contra da Roménia: 8
Média de pontos da Roménia nos jogos contra Portugal: 39

Primeiro jogo do dia: Canadá-Japão


Estádio: Chaban-Delmas (34.440 espectadores)
Cidade: Bordéus
Hora: 17h00
Total de jogos entre as duas selecções: 17
Jogos ganhos pelo Canadá: 8
Jogos ganhos pelo Japão: 9
Empates: 0
Maior vitória do Canadá: 62-18
Maior vitória do Japão: 38-5
Média de pontos do Canadá nos jogos contra o Japão: 27
Média de pontos do Japão nos jogos contra o Canadá: 24

Apenas uma vitória de Portugal em doze jogos contra a Roménia

David Andrade, em Toulouse

Ao contrário dos três primeiros adversários que Portugal defrontou no Campeonato do Mundo, a Roménia é uma velha conhecida da selecção portuguesa. Os dois países têm-se defrontado quase todos os anos no Torneio das Seis Nações B e, apesar de nos últimos anos Portugal ter conseguido equilibrar os desafios, os romenos têm levado quase sempre a melhor. Em doze jogos já disputados entre as duas selecções, Portugal apenas em 2003 conseguiu vencer e pela margem mínima: 16-15. A selecção romena não joga bonito. Aliás, para quem gosta de ver bons espectáculos de râguebi, assistir a uma partida da Roménia é, quase sempre, uma escolha a evitar. Os romenos baseiam todo o seu jogo na força física dos seus avançados e raramente se aventuram no jogo à mão na linha de três-quartos. E este vai ser um dos principais problemas da selecção portuguesa na partida desta noite em Toulouse. Para conseguir vencer o adversário de hoje, Portugal vai ter que conseguir travar as sucessivas investidas dos avançados romenos. Com uma linha avançada muito experiente (muitos dos jogadores romenos nesta posição jogam no campeonato francês) a Roménia vai tentar explorar o menor poderio físico dos jogadores portugueses, quer seja através de alinhamentos, formações espontâneas ou em sucessivas fases no jogo dos seus avançados.
Para conseguir travar o jogo romeno, Portugal terá que fazer menos faltas do que cometeu nas partidas anteriores e tentar explorar a menor valia das linhas atrasadas romenas, que sentem sempre muita dificuldade em reorganizar-se defensivamente. A velocidade será outro factor a explorar pelos portugueses. Nos doze jogos já disputados entre as duas selecções, Portugal apenas conseguiu vencer por uma vez. Foi a 22 de Fevereiro de 2003, no Estádio Universitário de Lisboa, numa partida que abriu caminho à selecção nacional para o triunfo no Torneio das Seis Nações B, por 16-15. A experiencia que a selecção portuguesa amealhou nos três primeiros jogos do Mundial será, porém, muito importante e Portugal hoje pode voltar a conseguir surpreender a Roménia. Mas como disse Tomaz Morais, será preciso uma exibição de grande nível.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Mundial em Imagens: Último treino antes da Roménia

Fotos: David Andrade, em Toulouse







Joaquim Ferreira: "Acho que é uma boa altura para sair"

David Andrade, em Toulouse

Joaquim Ferreira
“Amanhã vou ver como vai ser [a despedida como jogador]. Já jogo râguebi há 19 anos e tenho agora 34. Foi um longo percurso e amanhã vou entrar para dentro do campo e dar tudo o que tenho. Depois verei como vão ser as minhas emoções. Já tinha pensado noutras alturas em deixar de jogar, mas o ‘bichinho’ e a competição fez sempre com que continuasse. Neste momento, apesar de achar que podia ser competitivo por mais uns dois anos, acho que é uma boa altura para sair. Saí do meu clube [CDUP] a vencer a Taça de Portugal e agora acabo a minha carreira no Campeonato do Mundo. Acho que é um bom momento para sair.”

Miguel Portela
“O jogo contra a Roménia para nós é distinto dos outros três. Os outros foram contra três potências que sabíamos que dificilmente conseguiríamos ganhar. A verdade é que ao longo do campeonato fomos acreditando e, no jogo contra a Itália, tínhamos um ‘bichinho’ de que se as coisas nos corressem muito bem podíamos ter conseguido uma vitória histórica. Estamos habituados a jogar contra a Roménia e conhecemo-los do 1 ao 22. Sabemos os pontos fracos e fortes. São jogadores muito físicos e fortes que jogam muito com a segunda e a terceira linha tentando vencer no confronto físico.”

Tomaz Morais: "Se Portugal for perfeito, pode chegar à vitória"


David Andrade, em Toulouse

“Nós já conhecemos a Roménia muito bem porque os defrontamos todos os anos. Sabemos que é uma equipa muito forte, nomeadamente no contacto físico directo. Têm jogadores muito fortes que jogam nos principais clubes franceses, nomeadamente os avançados. Nos jogos que temos realizado com eles têm nos criado problemas aí. É uma equipa que não gostam de jogar um râguebi bonito, que joga para ganhar e é perfeita na organização do seu sistema táctico. São muito frios e calculistas e que sabem no momento certo marcar pontos. Têm óptimos chutadores aos postes, o que não nos vai permitir cometer faltas e tem uma das formações-ordenadas que mais problemas nos têm criado nos últimos anos. Temos que entrar muito concentrados. O campeonato que Portugal tem vindo a fazer, dentro e fora do campo, é um momento assinalável para o râguebi mundial. Uma equipa amadora, desconhecida para a quase totalidade das pessoas que estão a assistir ao Campeonato do Mundo, ter jogado com tanta qualidade, coração e paixão e tendo ainda demonstrado fora do campo muito fair-play, já é uma vitória. Temos muita honra e ambição dentro desta equipa e tudo faremos para sair do campo com uma vitória. Não muda nada [com a ausência de Vasco Uva]. O Vasco é um óptimo capitão e jogador e tem provado isso mesmo. Mas as equipas portuguesas valem pelo seu colectivo. Estamos habituados a jogar contra todas as adversidades e os jogadores que têm vindo para colmatar a ausência de outros têm dado sempre uma óptima conta de si. As lesões de uns são as oportunidades de outros. O Vasco fará muita falta mas o colectivo dará uma grande resposta. A pressão e a obrigação de vencer está do lado romeno, mas preparamos muito bem este jogo e queremos lançar algumas armas dentro do campo. No jogo ao pé temos que estar brilhantes e depois se tivermos o ataque do jogo contra a Escócia, a defesa do jogo contra a Itália e a coragem que mostramos nos primeiros vinte e cinco minutos contra a Nova Zelândia temos um Portugal perfeito. E se Portugal for perfeito, pode chegar à vitória. Para isso é preciso que não se falhe na placagem. Foi assim que ganhamos à Roménia."

Diogo Mateus afinal não joga

David Andrade, em Toulouse

Foi anunciado ontem na equipa inicial, mas Diogo Mateus vai mesmo falhar o último jogo de Portugal no Campeonato do Mundo. O centro português fez hoje de tarde, no treino que a selecção nacional realizou de adaptação ao estádio em Toulouse, um último teste e a resposta do jogador foi negativa. Portugal perde assim mais uma importante arma, depois de Vasco Uva. No lugar de Diogo Mateus jogará Miguel Portela, entrando para o lugar de ponta Pedro Carvalho.

Equipa inicial:
1 - Rui Cordeiro
2 - Joaquim Ferreira (c)
3 - Ruben Spachuck
4 - David Penalva
5 - Gonçalo Uva
6 - Diogo Coutinho
7 - João Uva
8 - Tiago Girão
9 - José Pinto
10 - Duarte Cardoso Pinto
11 - Pedro Carvalho
12 - Miguel Portela
13 - Frederico Sousa
14 - António Aguilar
15 - Pedro Leal

Suplentes:
16 - João Correia
17 - Juan Manuel Muré
18 - Paulo Murinello
19 - Salvador Palha
20 - Luís Pissarra
21 - Gonçalo Malheiro
22 – Diogo Gama

Conferência de imprensa da Roménia

David Andrade, em Toulouse

Robert Antonin (seleccionador romeno):
“Nós jogamos no Torneio das Seis Nações B com Portugal e recentemente defrontamo-nos duas vezes. Na última partida foi muito difícil e os portugueses têm boa técnica. A Roménia tem melhores avançados e Portugal melhores três-quartos. O principal problema da selecção portuguesa é os seus jogadores serem amadores e nos seus clubes não jogam a um alto nível. Provavelmente não têm experiência para preparar o jogo deles, mas vimos as partidas contra a Nova Zelândia, Escócia e Itália e evoluíram muito. Queremos ganhar a Portugal e, embora vá ser difícil, queremos também o ponto de bónus [por alcançar quatro ou mais ensaios].

Ovidiu Tonita (capitão romeno):
“Queremos começar muito bem o jogo. Precisamos de surpreender os portugueses no jogo de avançados e marcar ensaios rapidamente. Vamos tentar fazer também um bom jogo nos três-quartos, mas o nosso ponto forte são os avançados. Eles [portugueses] vão ser muito agressivos. Têm jogadores rápidos e passam muito bem a bola. Vão tentar surpreender-nos e jogam com muito coração. O nosso objectivo é vencer o jogo e vamos também tentar marcar quatro ensaios para receber o ponto de bonificação.”

António Aguilar no lugar de David Mateus

David Andrade, em Toulouse

A selecção nacional anunciou hoje de manhã uma alteração no quinze que havia sido comunicado ontem: David Mateus saiu da equipa entrando para o seu lugar António Aguilar.

Equipa inicial:

1 - Rui Cordeiro
2 - Joaquim Ferreira (c)
3 - Ruben Spachuck
4 - David Penalva
5 - Gonçalo Uva
6 - Diogo Coutinho
7 - João Uva
8 - Tiago Girão
9 - José Pinto
10 - Duarte Cardoso Pinto
11 - Miguel Portela
12 - Diogo Mateus
13 - Frederico Sousa
14 - António Aguilar
15 - Pedro Leal

Suplentes:
16 - João Correia
17 - Juan Manuel Muré
18 - Paulo Murinello
19 - Salvador Palha
20 - Luís Pissarra
21 - Gonçalo Malheiro
22 - Pedro Carvalho

Três perguntas a Diogo Gama


David Andrade, em Paris
Foto: António Lamas/PRS

PÚBLICO - Fez a sua estreia no Campeonato do Mundo contra a Itália. Qual foi a sensação e como lhe correu o jogo?
Diogo Gama - Fiz a minha estreia no Campeonato do Mundo contra a Itália no Parque dos Príncipes e acho que foi o jogo em que tivemos mais apoio dos portugueses. Estava uma moldura humana espectacular e isso fez com que estivesse com uma motivação extra, para além de estar a jogar um Campeonato do Mundo. Felizmente entrei bem no jogo. Logo na minha primeira participação fiz uma boa placagem e logo a seguir fiz o passe para o ensaio, o que me deu imensa confiança para prosseguir o jogo. Acabei por fazer uma partida muito boa e o jornal francês L´Equipe classificou-me muito bem. Tenho pena por não termos ganho, porque acima de tudo o colectivo está acima do individual e eu preferia mil vezes ter feito um mal jogo e termos ganho, do que ter feito um bom jogo e termos perdido.

Antes do jogo o objectivo assumido de Portugal era tentar perder por menos de quarenta pontos. Apesar de terem conseguido esse objectivo sentiram alguma frustração com o resultado final?
Claro que há sempre uma frustração. Nós encaramos o jogo e sabíamos que havia uma hipótese de fazer um excelente resultado que passaria por uma vitória. De qualquer das formas atingimos o nosso objectivo que era perdermos por menos de quarenta pontos de diferença e dominamos o jogo em alguns aspectos. Nos últimos dez minutos sofremos dez pontos que não são dez pontos reais que fizeram com que o resultado tivesse uma margem maior. Mas na realidade, o que aconteceu foi que a Itália esteve à volta de 70 minutos sem marcar qualquer ensaio o que demonstra que tivemos um domínio do jogo e conseguimos dominar o adversário. Não podemos só sentir frustração por não termos ganho, temos que sentir também alegria por termos conseguido o nosso objectivo e termos dominado o jogo. Provamos para nós e para os outros que também somos capazes.

O Diogo Gama é professor. Qual foi a principal lição que aprendeu até este momento nesta experiência no Campeonato do Mundo?
A principal lição que tenho tirado, não só neste tempo que estivemos aqui no Campeonato do Mundo mas também na fase de qualificação, é que na realidade se nós quisermos muito e se nos empenharmos numa coisa conseguimos atingir esses objectivos. Isso foi a grande lição que tirei. A cabeça manda muito e se quisermos muito é possível conseguirmos o que queremos.

All Blacks continuam o passeio


David Andrade, em Paris

A Nova Zelândia voltou a dar hoje mais uma demonstração da sua enorme categoria com um triunfo tranquilo, em Edimburgo, contra a Escócia por 40-0. Os All Blacks continuam a impressionar pela facilidade com que ultrapassam os adversários. Numa partida que estava envolta em controvérsia junto dos escoceses, que contestavam a ausência, por opção do seleccionador da Escócia, de alguns dos habituais titulares como forma de os poupar para o importante desafio da próxima semana contra a Itália, os neozelandeses controlaram a partida do início ao fim. Logo aos 4´, a principal estrela da equipa, Richie McCaw, marcou o primeiro ensaio do All Blacks. Apesar de terem cometido mais erros não forçados do que nos jogos contra a Itália e Portugal, a Nova Zelândia raramente permitiu à selecção britânica jogadas de perigo e acabou por terminar o jogo com seis ensaios. Com este triunfo os All Blacks garantiram já o primeiro lugar no grupo de Portugal e ficam agora à espera do seu adversário nos quartos-de-final que será a Argentina, a França ou a Irlanda. No outro jogo de hoje, a Austrália venceu sem dificuldades as Ilhas Fiji por 55-12. Com os fijianos a resguardam grande parte dos seus jogadores para o decisivo jogo contra o País de Gales, os australianos contaram com a inspiração do centro Matt Giteau, autor de dois dos sete ensaios obtidos pelos Wallabies. A Austrália tem já assegurado o primeiro lugar do Grupo B e terá, muito provavelmente, a Inglaterra como adversário nos quartos-de-final.

domingo, 23 de setembro de 2007

Diogo Mateus joga contra os romenos


David Andrade, em Paris
Foto: Enric Vives-Rubio

Diogo Mateus está recuperado da lesão sofrida contra a Itália e vai jogar a última partida do Campeoanto do Mundo. Tomaz Morais vai proceder a quatro mudanças na equipa em relação à partida realizada contra a Itália, sendo que uma delas (a saída de Vasco Uva) é forçada. Assim, saem do quinze inicial português João Correira, Vasco Uva (lesionado), António Aguilar e Pedro Cabral. Para os seus lugares entram Joaquim Ferreira, Diogo Coutinho, Miguel Portela e Pedro Leal. No “pack” avançado, a entrada de Joaquim Ferreira já era esperada e o jogador do CDUP fará contra a Roménia o último jogo da sua carreira. Com a ausência de Vasco Uva, Diogo Coutinho vai ocupar o lugar de flanqueador, passando Tiago Girão para o lugar de “número 8”, ocupado nas três anteriores partidas por Uva. Na linha de três-quartos, com a recuperação de Diogo Mateus, registam-se apenas o regresso de Pedro Leal ao lugar de defesa e a troca de António Aguilar pelo experiente Miguel Portela.
Quinze inicial de Portugal:
1 – Rui Cordeiro
2 – Joaquim Ferreira (capitão)
3 – Ruben Spachuck
4 – Gonçalo Uva
5 – David Penalva
6 – Diogo Coutinho
7 – João Uva
8 – Tiago Girão
9 – José Pinto
10 – Duarte Cardoso Pinto
11 – Miguel Portela
12 – Diogo Mateus
13 – Frederico Sousa
14 – David Mateus
15 – Pedro Leal.

Suplentes: 16 – Juan Manuel Muré; 17 – João Correira; 18 – Salvador Palha; 19 – Paulo Murinello; 20 – Luís Pissara; 21 – Gonçalo Malheiro; 22 – Pedro Carvalho.

Roménia divulga a equipa para o jogo contra Portugal



David Andrade, em Paris

O seleccionador romeno anunciou hoje ao início da noite o quinze para a última partida do Campeonato do Mundo, contra Portugal, na próxima terça-feira em Toulouse.

Quinze inicial da Roménia: 1 – Popescu; 2 –Mavrodin; 3 – Balan; 4 – Ratiu; 5 – Petre; 6 – Tudori: 7 – Manta; 8 – Tonita (capitão); 9 – Calafeteanu; 10 – Dumbrava; 11 – Fercu; 12 – Gontineac; 13 – Dimofte; 14 – Nicolae; 15 – Dumitras.

Suplentes: 16 – Tincu; 17 – Ion; 18 – Socol; 19 - Corodeanu; 20 – Sirbu; 21- Vlaicu; 22 – Brezoianu.

Números: Escócia-Nova Zelândia (0-40)

Ensaios:
Escócia – 0
Nova Zelândia – 6 (Richie McCaw 5’; Doug Howlett 15’ e 74’; Kelleher 33’; Ali Williams 62’; Dan Carter 65’)

Penalidades convertidas:
Escócia - 0
Nova Zelândia – 2

Posse de bola:
Escócia – 42 %
Nova Zelândia – 58 %

Ocupação de terreno:
Escócia – 32 %
Nova Zelândia – 68 %

Formações ordenadas a favor:
Escócia – 16 ganhas, 2 perdidas
Nova Zelândia –16 ganhas, 2 perdidas

Alinhamentos a favor:
Escócia – 6 ganhos, 3 perdidos
Nova Zelândia – 12 ganhos, 0 perdidos

Erros no jogo à mão:
Escócia – 12
Nova Zelândia - 20

Homem do jogo: Chris Masoe (Nova Zelândia)

Números: Austrália-Fiji (55-12)

Ensaios:
Austrália – 7 (Matt Giteau 17’ e 36’; Drew Mitchell 31’ e 70’; Ashley-Cooper 57’; Hoiles 74’)
Fiji – 2 (Neivua 40’; Ratuva 47’)

Penalidades convertidas:
Austrália - 3
Fiji – 0

Posse de bola:
Austrália – 55 %
Fiji – 45 %

Ocupação de terreno:
Austrália – 59 %
Fiji – 41 %

Formações ordenadas a favor:
Austrália – 9 ganhas, 0 perdidas
Fiji –5 ganhas, 4 perdidas

Alinhamentos a favor:
Austrália – 14 ganhos, 0 perdidos
Fiji – 10 ganhos, 11 perdidos

Erros no jogo à mão:
Austrália – 23
Fiji - 18

Homem do jogo: Matt Giteau (Austrália)

Segundo jogo do dia: Escócia-Nova Zelândia


Estádio: Murrayfield (68.000 espectadores)
Cidade: Edimburgo
Hora: 16h00
Total de jogos entre as duas selecções: 25
Jogos ganhos pela Escócia: 0
Jogos ganhos pela Nova Zelândia: 23
Empates: 2
Melhor resultado da Escócia: 25-25
Maior vitória da Nova Zelândia: 69-20
Média de pontos da Escócia nos jogos contra a Nova Zelândia: 11
Média de pontos da Nova Zelândia nos jogos contra a Escócia: 28

Primeiro jogo do dia: Austrália-Fiji


Estádio: La Mosson (33.650 espectadores)
Cidade: Montpellier
Hora: 13h30
Total de jogos entre as duas selecções: 17
Jogos ganhos pela Austrália: 14
Jogos ganhos pelas Fiji: 2
Empates: 1
Maior vitória da Austrália: 49-0
Maior vitória das Fiji: 18-16
Média de pontos da Austrália nos jogos contra as Fiji: 26
Média de pontos das Fiji nos jogos contra a Austrália: 14

Entrevista com Gonçalo Uva


David Andrade, em Paris
Foto: António Lamas/PRS

PÚBLICO - Foi titular nos três jogos que a selecção portuguesa já disputou no Campeonato do Mundo. Como é que avalia a prestação de Portugal nesses três encontros?
GONÇALO UVA - Cumprimos vários dos objectivos propostos, apesar disso, devido à falta de experiência em competições com equipas deste nível, os nossos erros pagaram-se caro. No primeiro jogo [contra a Escócia] pode ter sido pela pressão, por ter sido a estreia, e falhamos muitas placagens. O segundo jogo foi especial. Foi contra a Nova Zelândia que é a melhor equipa do mundo. Começamos bem e fizemos 25 minutos de muito bom nível, mas depois de marcarmos os primeiros três pontos fomos um pouco a baixo e tiramos o pé do acelerador, o que não pode acontecer. Contra a Itália foi o melhor jogo defensivo que fizemos, mas cometemos erros a nível atacante. Talvez tenha passado por aí a diferença no resultado. Mas estou muito satisfeito com o Mundial e sabemos que nas próximas competições vamos fazer melhor.

Acha que a criação de um Campeonato Europeu seria positivo para a modalidade?
Acho que sim, mas teríamos que ver que equipas iriam participar. Nós participamos no Torneio das Seis Nações B, mas precisamos de selecções de nível superior. Jogamos contra a Geórgia e a Roménia, que já têm um nível elevado, mas precisamos de procurar mais. Temos que ser ambiciosos e jogar contra selecções do nível de Samoa, Fiji e Canadá como fizemos na preparação. Ou até mais alto, como Escócia e Inglaterra para conseguirmos evoluir e ganhar experiência.

Avançar para um regime semi-profissional em Portugal é indispensável para o desenvolvimento do râguebi português?
Acho que vai ser complicado assumir um profissionalismo completo. Temos que ir por etapas e a primeira era, sem dúvida, o semi-profissionalismo a nível da selecção. Ou seja, era preciso arranjar um grupo de jogadores que assinassem um acordo com a federação e que fossem pagos e treinassem a outro nível que não o dos clubes. Mas a nível de campeonato nacional vai ser muito difícil, porque não há condições, jogadores, dinheiro e apoios.

A Federação Internacional de Râguebi (IRB) pretende reduzir o número de selecções no próximo Campeonato do Mundo para 16. O que pensa sobre isso?
Uma das questões colocadas pela IRB é a parte financeira, mas isso não faz sentido e Portugal é um bom exemplo porque tem enchido os estádios. Para além disso, os países chamados de pequenos têm dado luta aos grandes, como se viu hoje [ontem] com Samoa e Tonga. Ao haver um corte, acho que vai-se criar uma maior distância entre as pequenas e as grandes equipas. Se o râguebi quiser evoluir vai ter que manter as 20 selecções.

O Gonçalo é irmão do Vasco Uva que é, provavelmente, a principal figura da selecção nacional. Como é que avalia o desempenho dele neste Mundial?
Fantástico! No primeiro jogo foi o ‘mvp’ e não podia começar melhor. Ele teve um pequeno problema antes de vir e não esteve a treinar e acho que essa foi a melhor resposta para os que achavam que não ia estar apto para o jogo. Fez também um grande jogo contra a Nova Zelândia, com placagens como pouco se vê. Contra a Itália, para mim, foi o melhor em campo e deveria ter merecido essa distinção. Com a lesão dele, vou sentir muito a falta dele como irmão e a equipa vai sentir a falta dele dentro do campo contra a Roménia.

Quais são os pontos fortes e fracos da Roménia, o último adversário de Portugal?
A Roménia tem-se batido muito bem e tem evoluído muito. Tem um ‘pack’ avançado muito forte e são sólidos nos alinhamentos e formações. Ao acharem-se muito fortes fisicamente pensam que nos podem atropelar e passar por cima o que facilita a placagem porque não trocam de direcções. Depois têm uma fraca reorganização defensiva e é por aí que temos que atacar.

Uma vitória nesse jogo para Portugal significa vencer o seu Campeonato do Mundo?
Na minha opinião, e é aquilo que o Tomaz Morais tem dito, já fizemos um grande percurso até agora apesar de achar que podíamos ter feito melhor. Mas ganhar à Roménia é merecido para todos nós e para todos os que nos têm apoiado. Sem dúvida seria ganhar o nosso Campeonato do Mundo.

O último jogo da carreira de Joaquim Ferreira


David Andrade, em Paris
Foto: António Lamas/PRS

Joaquim Ferreira vai fazer na próxima terça-feira contra a Roménia o último jogo da sua carreira de jogador. O avançado falou ontem sobre a partida contra os romenos. Para o atleta com mais internacionalizações de sempre do râguebi português “será um sonho realizar o seu último jogo num Campeonato do Mundo”. Joaquim Ferreira aproveitou ainda para fazer um balanço da sua carreira. Para o jogador português “o pior jogo foi contra a Roménia em 1996” porque Portugal perdeu por 92-0. Os melhores momentos foram três: “o jogo contra o Uruguai na qualificação para o Mundial, o encontro contra as Fiji” e a partida que teve a oportunidade de disputar “pela equipa dos Barbarians”. Para o jogo de despedida, contra a Roménia, Joaquim Ferreira afirma que vais ter que estar “calmo e concentrado” já que é um “jogo muito importante” para Portugal. “Eu sei que vai ser o meu último jogo, mas não quero pensar muito nisso”, finalizou.

Wilkinson salva Inglaterra contra Samoa, África do Sul sofre para vencer Tonga

David Andrade, em Paris

Depois de falhar os dois primeiros encontros da Inglaterra devido a lesão, o médio de abertura Jonny Wilkinson regressou ontem à formação inglesa e foi fundamental na vitória sobre Samoa por 44-22. Na outra partida do Grupo A, a África do Sul sentiu muitas dificuldades para derrotar Tonga. Os tonganeses perderam por 30-25, mas continuam a ser uma das surpresas deste Campeonato do Mundo. A fechar o dia, a Argentina confirmou a liderança no Grupo D com uma vitória tranquila sobre a Namíbia por 63-3. O resultado de 44-22 não reflecte as dificuldades que a Inglaterra sentiu. Samoa conseguiu superiorizar-se aos ingleses durante largos período do jogo, mas Jonny Wilkinson acabou por desequilibrar. O herói na vitória da Inglaterra no último Mundial marcou 24 pontos e já é o segundo melhor marcador de sempre em Campeonatos do Mundos com 206 pontos. Wilkinson está a apenas 21 pontos de alcançar o primeiro lugar que é ocupado pelo antigo internacional escocês Gavin Hastings. Na outra partida do grupo, assistiu-se ao melhor jogo do torneio. África do Sul e Tonga protagonizaram um espectáculo de grande nível com incerteza no marcador até ao final. Acabaram por levar a melhor os africanos por 30-25 que estão assim cada vez mais perto de garantir o primeiro lugar do grupo. No último jogo do dia, a Argentina manteve o registo cem por cento vitorioso ao derrotar, sem dificuldades, a Namíbia por 63-3. Os argentinos voltaram a mostrar que estão em grande forma e são, cada vez mais, candidatos a alcançar um dos primeiros quatro lugares neste Mundial. Agora, basta aos sul-americanos uma derrota por menos de sete pontos no último jogo contra a Irlanda para garantirem o primeiro lugar num grupo onde também está a França.

sábado, 22 de setembro de 2007

Capitão romeno falou sobre o jogo contra Portugal

David Andrade, em Paris

O capitão da selecção da Roménia falou hoje, no final do treino da sua selecção, sobre a partida contra Portugal. Sorin Socol disse que os "portugueses fizeram muitos progressos nos últimos três anos e notam-se as diferenças". Para o capitão romeno "o jogo não vai ser fácil" mas a Roménia "tem que ganhar", apesar de "Portugal estar perto da França e, provavelmente, estarão muitos portugueses no estádio". O jogo disputa-se na próxima terça-feira, em Toulouse, e será o último da selecção nacional neste Campeonato do Mundo.

Números: Argentina-Namíbia (63-3)

Ensaios:
Argentina – 9 (Roncero 25’; Leguizamón 35’ e 52’; Manuel Contepomi 38’; Felipe Contepomi 45’; Tiesi 55’; Corleto 58’; Ensaio de penalidade 63’; Todeschini 71’)
Namíbia – 0

Penalidades convertidas:
Argentina - 2
Namíbia – 1

Posse de bola:
Argentina – 68 %
Namíbia – 32 %

Ocupação de terreno:
Argentina – 64 %
Namíbia – 36 %

Formações ordenadas a favor:
Argentina – 9 ganhas, 0 perdidas
Namíbia –11 ganhas, 1 perdida

Alinhamentos a favor:
Argentina – 17 ganhos, 2 perdidos
Namíbia – 12 ganhos, 3 perdidos

Erros no jogo à mão:
Argentina – 16
Namíbia - 8

Homem do jogo: Rodrigo Roncero (Argentina)

McCaw e Carter regressam amanhã

David Andrade, em Paris

É um dos jogos mais aguardados no grupo de Portugal. A Nova Zelândia defronta amanhã, em Edimburgo, a selecção da Escócia no desafio que vai decidir o primeiro classificado do Grupo C. Esta partida marca o regresso de Richie McCaw e Dan Carter, as duas principais estrelas dos All Blacks, ao quinze inicial, depois de terem ficado de fora do encontro contra Portugal. Fora das escolhas do seleccionado neozelandês ficaram três importantes jogadores: O ponta Rokocoko, autor dos dois primeiros ensaios contra a selecção nacional, o segunda-linha Chris Jack e Jerry Colinns, o melhor jogador em campo contra os portugueses. Do lado escocês, numa atitude que está a levantar muita polémica na Escócia, o seleccionador Frank Hadden optou por poupar alguns dos principais jogadores da equipa. Apesar de disputar este encontro em casa, a Escócia aposta tudo na última partida contra a Itália e, para o jogo contra os All Blacks deixou de fora alguns dos melhores jogadores.

Terceiro jogo do dia: Argentina-Namíbia


Estádio: Velodrome (59.500 espectadores)
Cidade: Marselha
Hora: 20h00
Total de jogos entre as duas selecções: 1
Jogos ganhos pela Argentina: 1
Jogos ganhos pela Namíbia: 0
Empates: 0
Maior vitória da Argentina: 67-14
Menor derrota da Namíbia: 67-14
Média de pontos da Argentina nos jogos contra a Namíbia: 67
Média de pontos da Namíbia nos jogos contra a Argentina: 14