segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Três perguntas a Diogo Gama


David Andrade, em Paris
Foto: António Lamas/PRS

PÚBLICO - Fez a sua estreia no Campeonato do Mundo contra a Itália. Qual foi a sensação e como lhe correu o jogo?
Diogo Gama - Fiz a minha estreia no Campeonato do Mundo contra a Itália no Parque dos Príncipes e acho que foi o jogo em que tivemos mais apoio dos portugueses. Estava uma moldura humana espectacular e isso fez com que estivesse com uma motivação extra, para além de estar a jogar um Campeonato do Mundo. Felizmente entrei bem no jogo. Logo na minha primeira participação fiz uma boa placagem e logo a seguir fiz o passe para o ensaio, o que me deu imensa confiança para prosseguir o jogo. Acabei por fazer uma partida muito boa e o jornal francês L´Equipe classificou-me muito bem. Tenho pena por não termos ganho, porque acima de tudo o colectivo está acima do individual e eu preferia mil vezes ter feito um mal jogo e termos ganho, do que ter feito um bom jogo e termos perdido.

Antes do jogo o objectivo assumido de Portugal era tentar perder por menos de quarenta pontos. Apesar de terem conseguido esse objectivo sentiram alguma frustração com o resultado final?
Claro que há sempre uma frustração. Nós encaramos o jogo e sabíamos que havia uma hipótese de fazer um excelente resultado que passaria por uma vitória. De qualquer das formas atingimos o nosso objectivo que era perdermos por menos de quarenta pontos de diferença e dominamos o jogo em alguns aspectos. Nos últimos dez minutos sofremos dez pontos que não são dez pontos reais que fizeram com que o resultado tivesse uma margem maior. Mas na realidade, o que aconteceu foi que a Itália esteve à volta de 70 minutos sem marcar qualquer ensaio o que demonstra que tivemos um domínio do jogo e conseguimos dominar o adversário. Não podemos só sentir frustração por não termos ganho, temos que sentir também alegria por termos conseguido o nosso objectivo e termos dominado o jogo. Provamos para nós e para os outros que também somos capazes.

O Diogo Gama é professor. Qual foi a principal lição que aprendeu até este momento nesta experiência no Campeonato do Mundo?
A principal lição que tenho tirado, não só neste tempo que estivemos aqui no Campeonato do Mundo mas também na fase de qualificação, é que na realidade se nós quisermos muito e se nos empenharmos numa coisa conseguimos atingir esses objectivos. Isso foi a grande lição que tirei. A cabeça manda muito e se quisermos muito é possível conseguirmos o que queremos.

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