sábado, 20 de outubro de 2007

“Eles é que são os favoritos?”


Foto: Philippe Wojazer/Reuters


Foto: Eddie Keogh/Reuters

David Andrade, em Paris

Não houve polémica entre ingleses e sul-africanos na semana que antecedeu a final do Campeonato do Mundo de râguebi que se realiza hoje. Treinadores e jogadores de ambas as selecções mostraram grande respeito pelo adversário e os elogios mútuos foram uma constante. Quando confrontando com uma pergunta de um jornalista sobre se a África do Sul entraria em campo com o peso de ser favorita, o seleccionado inglês Brian Ashton questionou: “Eles é que são os favoritos?” Para o treinador da África do Sul Jack White a Inglaterra tem “jogadores que já venceram um Campeonato do Mundo fora de casa” e que isso “é uma enorme vantagem”. Do outro lado, Brian Ashton afirma que os sul-africanos “têm uma experiência massiva”, ” jogam juntos há muito anos” e têm muito bons jogadores”. Os elogios e respeito pelo adversário foi uma evidência em todas as declarações. Mas afinal como pode cada uma das selecções fazer a diferença? Nesse capítulo, os jogadores das duas selecções forma mais expressivos. Schalk Burger, um dos atletas em maior destaque nos Springboks afirma que os “primeiros minutos serão muito importantes” já que haverá “muito nervosismo e intensidade” e o segredo do sucesso da África do Sul será “não colocar muita pressão” nos jogadores da própria equipa. A grande estrela dos ingleses, Jonny Wilkinson, considera que a Inglaterra terá que “manter a mesma consistência” e que este jogo “significa muito para a equipa”. “Não há nada mais importante para nós do que vencer sábado [hoje]”, afirma Willkinson. O médio de abertura dos britânicos elogiou Bryan Habana, “um jogador fantástico” que fez “coisas enormes no râguebi”, e também Percy Montgomery “que tem chutado de forma fantástica”. Willkinson, no entando, sacudiu a pressão ao dizer que não havia nenhuma “competição entre jogos de pontapé” entre si e Montgomery. Já Bryan Habana, que hoje pode tornar-se o jogador com mais ensaios obtidos num Mundial, referiu que “o recorde é agradável” e “bom de se ter”, mas que “não terá nenhum significado” se a sua equipa “não der o melhor” hoje. Habana, aproveitou também para retribuir os elogios de Wilkinson: “Eu tenho muito respeito pela Inglaterra, especialmente pelo Jonny Wilkinson pela forma como ele fez a sua equipa regressar dos mortos de novo para o sucesso”.

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