David Andrade, em Paris
O seleccionador e o capitão dos Springboks analisaram hoje em conferência de imprensa a vitória da África do Sul no Campeonato do Mundo
Jack White (seleccionador):
“Para ser honesto ainda não digeri bem. Acho que é uma daquelas coisas que só vamos realmente perceber a importância quando voltarmos para casa. Obviamente que foi uma vitória grandiosa e ver o apoio que tivemos na última noite não será esquecido tão cedo. Agora é importante construir algo sobre o que foi conseguido. É do interesse de todos conseguir fazer algo no futuro com o que conseguimos. Este feito é muito maior do que o próprio râguebi da África do Sul. Ver o nosso Presidente nos ombros dos jogadores com a Taça Webb Ellis na mão foi muito importante. Sei que há algo organizado para quando voltarmos. Sei que vai começar no dia 26 e durará cinco dias. É importante que os jogadores façam uma volta pelo país e partilhem o troféu com a população.”
John Smit (capitão):
“Todos os jogadores tiveram o troféu na mão e tem sido difícil tirar os olhos da taça, já que trabalhamos muito por a ter. Este foi um grande impulso, não só para o râguebi sul-africano mas também para todo o país. A parte mais entusiasmante será voltar a casa e ver o efeito que isto teve, já que estivemos fora durante dois meses. Lembro-me do que se passou há doze anos [quando a África do Sul venceu o primeiro Campeonato do Mundo] e espero que isso se repita quando regressarmos. O Monty [Percy Montgomery], na sua idade, é um dos jogadores em melhor forma. Ele está a pensar muito no seu possível afastamento. É um fantástico guerreiro.”
domingo, 21 de outubro de 2007
Reacções à vitória dos Springboks
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3 comentários:
Apenas ontem, dia 22/10, tive a oportunidade de ver, em repetição, parte do jogo da final. Quanto ao ensaio invalidado à Inglaterra, considero que foi mal invalidado: memso com a repetição não há evidência, clara, de infrigmento das regras; sem ao recurso ao video, qualquer árbitro teria validado aquilo que foi uma jogada limpa, brilhante e, na realidade, um excelente ensaio. Foi pena! Não digo que o resultado final, em termos de vencedores e vencidos, viesse a ser diferente, mas estou convencido de que o jogo teria sido bem diferente. Para mim foi o momento do jogo: a Inglaterra perdeu ânimo e desconcentrou-se a partir daí, revelando não ter, nesse momento, o estofo necessário para ser campeã. Como disse alguém: campeões são os que nunca desistem de lutar pela vitória, mesmo que pereçam.
Não tenho qualquer preconceito contra a selecção sul-africana. Ganhou bem, com um jogo muito consistente e eficiente, nomeadamente na defesa, mas não me entusiasmou. Permitam-me uma comparação "mal acomparada", como se diz na minha terra, com o futebol: a selecção alemã de futebol, tal como a inglesa, já ganhaou vários campeonatos do mundo, mas é um futeboal que não me entusiasma, não faz vibrar. São consistentes e eficientes, do princípio ao fim, de uma competição exigente e desgastante como esta, mas não me fazem levantar da cadeira. Ganhar uma final de um campeonato sem marcar um ensaio, é como ganhar uma final no futebol, nos penalties, com 0-0 no jogo jogado. Não me entusiasmam, simplesmente... Lamento, mas não aprecio! Se com a profissionalização o Rugby vai ter cada vez mais disto, então é melhor voltar ao amadorismo.
Agora um APELO! Ao jornal Público: a vossa iniciativa foi inédita, julgo que o Rugby português beneficiou muito com o trabalho que fizeram até aqui e julgo que precisará, para o seu futuro, que é já hoje, deste espaço com notícias e comentários que o ajudem a ter a visibiliade de que necessita e que tanta falta lhe tem feito. Por isso o meu APELO é no sentido de a Direcção do Público repensar este espaço por forma a mantê-lo vivo, útil ao Rugby, divulgando todas as suas actividades, nacionais e internacionais, focado essencialmente no que se refere ao Rugby nacional, nas competições de clubes, nos jogos e preparação das selecções de todos os escalões, nas questões técnicas e tácticas da formação e do treino, sendo o grande veículo de informação e comentário da modalidade. Agradeço, desde já, toda a atenção que a Direcção e a Redacção do Público puderem dar a este APELO, o qual penso estar, também, na mente de muitos outros interessados pela modalidade
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