quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Mundial de râguebi: Portugal quer perder por poucos em três jogos e ganhar à Roménia

Autor: Hugo Daniel Sousa

Quando selecções como a Arábia Saudita ou a China participam num Mundial de futebol, os objectivos são modestos e resumem-se a marcar um golo ou, eventualmente, ganhar um jogo. É mais ou menos este o cenário da selecção portuguesa de râguebi, a primeira equipa amadora a participar num Campeonato do Mundo da modalidade, que parte quinta-feira para França, onde se realiza o Mundial entre 7 de Setembro e 20 de Outubro.

“Perder por menos de 40 pontos” frente à Escócia e à Itália, não deixar que frente à Nova Zelândia haja “três dígitos no marcador” e “tentar surpreender a Roménia” são os objectivos definidos internamente pela comitiva portuguesa, revelou hoje Tomaz Morais, seleccionador nacional, em conferência de imprensa. “Seria uma ambição desmedida pensar em ganhar à Escócia, Itália e Nova Zelândia.”

Lembrando que a equipa portuguesa é formada por amadores - “uma vezes treinam às seis e meia da manhã e outras às nove da noite” -, Tomaz Morais salientou que no râguebi é mais difícil jogar para perder por poucos, porque é preciso atacar sempre e nenhuma equipa se pode limitar a defender. “Conseguimos um facto histórico e não são os resultados no Campeonato do Mundo que vão deitar estes jovens abaixo”, asseverou o seleccionador nacional, defendendo que “há atletas que vão aos Jogos Olímpicos só para melhorar as suas marcas pessoais”.

Portugal estreia-se no Mundial a 9 de Setembro frente à Escócia e no dia 15 enfrenta a Nova Zelândia, num jogo especial, embora Tomaz Morais não se sinta intimidado com a habitual dança dos All Blacks. “O Haka não me diz nada, nem sequer me arrepia”, diz o seleccionador nacional, enquanto Luís Pissarra, vice-capitão da selecção, promete responder à dança dos neozelandeses com “umas placagens”. Tomaz Morais acrescentou ainda que nesse encontro “cada placagem será uma vitória e os pontos ficarão na história do desporto nacional”. A Nova Zelândia lidera o ranking da Federação Internacional de Râguebi, lista em que Portugal é 22º.

A selecção nacional defronta ainda a Itália (19 Setembro) e a Roménia (dia 25), considerada por Tomaz Morais como “teoricamente a selecção mais acessível”, embora acima do nível português - é 16ª do ranking. “Se a Roménia tiver uma atitude facilitadora, poderemos ganhar”, defendeu, recordando uma vitória por um ponto sobre os romenos (16-15), em Fevereiro de 2003.

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