sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Argentina humilhou a França na “pequena final”


David Andrade, em Paris
Foto: Ian Langsdon/Reuters

Os franceses anunciaram o jogo como a “pequena final” e acabou por o ser. Num dos jogos disputados com mais entrega e agressividade, muitas vezes acima do permitido pela lei, a Argentina venceu de forma contundente a França por 34-10 e conquistou o terceiro lugar no Campeonato do Mundo. Os Pumas acabaram assim de forma brilhante uma competição onde apenas fraquejaram no jogo das meias-finais contra a África do Sul. A selecção francesa acabou por sair de cabeça baixa e não conseguiu vingar a derrota sofrida no jogo de abertura contra os argentinos. Esta acabou por ser mesmo a maior derrota que os gauleses sofreram contra a selecção sul-americana. No râguebi não há jogos mais ou menos importantes e França e Argentina demonstraram isso mesmo ontem no Parque dos Príncipes em Paris. O jogo foi arduamente disputado e os jogadores das duas equipas chegaram mesmo a protagonizar alguns momentos de maior dureza, que acabou por resultar em três cartões amarelos (outros tantos ficaram por mostrar). Apesar disso, acabou por ser um jogo de grande nível. Ao contrário do que tinha acontecido na primeira partida entre as duas selecções, foi a França que entrou melhor e mandou no encontro durante toda a primeira meia hora. Porém, os franceses apanharam pela frente uma selecção argentina que voltou a estar ao nível que exibiu nos encontros anteriores ao jogo contra os sul-africanos e que defendia sempre bem as investidas dos jogadores da França. E, com o resultado em 3-3, aos 28’ contra a corrente do jogo a Argentina marcou o primeiro ensaio por Felipe Contepomi. A França que até aí se tinha mostrado uma selecção coesa e mais forte do que adversário tremeu e, pelo contrário, os argentinos voltaram a ganhar a confiança que parecia terem perdido após o último jogo. Apenas quatro minutos depois, Hasan Jalil conseguiu o segundo ensaio dos Pumas e fixou o resultado ao intervalo em 17-3 favorável à Argentina. No segundo tempo a França já não se conseguiu recompor. Apesar de pertencer aos gauleses a maior percentagem de posse de bola, os argentinos defendiam sempre bem e, tal como a África do Sul tinha feito nas meias-finais aos Pumas, aproveitavam todos os erros do adversário para dilatar o marcador, sempre com Pichot a comandar a equipa. Os sul-americanos acabaram por conseguir mais três ensaios nos últimos 40 minutos (Felipe Contepomi marcou dois) e conquistaram de forma justa o terceiro lugar do Mundial.

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