Fez quase toda a carreira no Grupo Desportivo de Direito e é, aos 26 anos, um dos melhores jogadores portugueses da actualidade. No jogo contra a Itália José Pinto foi distinguido com o prémio de “man of the match”
David Andrade, em Paris
David Andrade, em Paris
Foto: António Lamas/PRS
PÚBLICO - Portugal esteve muito perto de conseguir provocar uma surpresa contra a Itália. O que faltou para conseguir vencer o jogo?
José Pinto - Faltou um pouco mais de concentração e oxigénio sobretudo. Ao intervalo pensamos mesmo que podíamos ganhar o jogo, mas depois faltou-nos um pouco mais de experiência que a Itália já tem por disputar habitualmente estes grandes jogos. Com isso conseguiram não cometer e provocar os nossos erros. Em cada erro nosso eles pontuaram e nós não conseguimos fazer o mesmo.
O José Pinto foi o segundo jogador português nos três jogos que Portugal fez no Campeonato do Mundo a ser considerado o “man of the match”. Que valor tem essa distinção a nível pessoal e colectivo?
Senti um enorme orgulho e honra quando soube que tinha sido distinguido. Quando apareceu a minha imagem nos ecrãs gigantes foi óptimo, como é óbvio. Tal como tinha acontecido quando o Vasco foi escolhido no primeiro jogo, acho que isto foi um reconhecimento do valor e da prestação colectiva. Talvez me tenha destacado um pouco mais e por isso decidiram homenagear-me por isso.
Antes do jogo disse que era um orgulho defrontar o Alessandro Troncon que também joga a médio de formação. Como foi esse duelo?
Correu bem. O Troncon fazia a sua centésima internacionalização e foi o sexto jogador, de sempre, a conseguir atingir esse número. Jogar contra um jogador da sua craveira, ainda por cima num marco desses na sua carreira, foi importantíssimo. Acho que isso deu-me mais motivação a mim do que a ele e penso que consegui anulá-lo e ser superior ao nível do jogo.
No final dos três jogos a selecção portuguesa recebeu sempre uma enorme ovação. Sentem que têm tido no estrangeiro o reconhecimento que em Portugal não recebem?
Há um ano atrás dizia que sim. Acho que houve um ponto de viragem que foi a nossa vitória contra o Uruguai que nos garantiu o apuramento para o Campeonato do Mundo. Agora acho que a comunicação social tem estado connosco e todas as pessoas com quem eu falo dizem que o râguebi tem tido uma enorme visibilidade em Portugal. Nos jogos temos visto os estádios cheios como nunca tínhamos visto na vida, mas muitas dessas pessoas vêm de Portugal para nos apoiar e tem estado cá os nossos familiares e amigos de sempre continuam connosco. Não é só a comunidade portuguesa que nos tem apoiado desde o primeiro dia em que cá chegamos, mas também temos sentido muito apoio de Portugal.
Quando apenas falta disputar um jogo, que balanço se pode fazer da participação portuguesa no Campeonato do Mundo até esta altura?
É difícil. Talvez ainda seja prematuro. Temos feito excelentes exibições, só é pena que os resultados não estejam a mostrar as dificuldades que temos colocado nas outras equipas. O importante é todas as pessoas perceberem que o Mundial não foi uma meta, mas sim um pouco de partida e que agora temos que capitalizar esse investimento que fizeram em nós. Uma vitória contra a Roménia dará um maior alento, mas o futuro não pode passar só pela vitória nesse jogo. O que já fizemos se calhar já foi suficiente para isso.
Qual é que vai ser a estratégia para o jogo contra a Roménia?
Ainda não pensamos nisso. Ainda vamos analisar o estilo de jogo deles e como jogam. Eles têm um estilo de jogo diferente do nosso e nós gostamos de jogar contra eles e sabemos os seus pontos fortes e fracos. Os treinadores agora vão ter que definir a estratégia para sabermos como os podemos derrotar.
Se surgir após o Campeonato do Mundo um convite para jogar no estrangeiro está disponível para o aceitar?
Claro que sim. Já tive uma experiência no estrangeiro, em Itália, mas a nível amador. Fui estudar e, por acaso, joguei também. Agora, como é óbvio, queria um nível profissional. Se houver propostas aliciantes aceito, embora haja muitas condicionantes em jogo e planos de vida que terão que ser adiados.
PÚBLICO - Portugal esteve muito perto de conseguir provocar uma surpresa contra a Itália. O que faltou para conseguir vencer o jogo?
José Pinto - Faltou um pouco mais de concentração e oxigénio sobretudo. Ao intervalo pensamos mesmo que podíamos ganhar o jogo, mas depois faltou-nos um pouco mais de experiência que a Itália já tem por disputar habitualmente estes grandes jogos. Com isso conseguiram não cometer e provocar os nossos erros. Em cada erro nosso eles pontuaram e nós não conseguimos fazer o mesmo.
O José Pinto foi o segundo jogador português nos três jogos que Portugal fez no Campeonato do Mundo a ser considerado o “man of the match”. Que valor tem essa distinção a nível pessoal e colectivo?
Senti um enorme orgulho e honra quando soube que tinha sido distinguido. Quando apareceu a minha imagem nos ecrãs gigantes foi óptimo, como é óbvio. Tal como tinha acontecido quando o Vasco foi escolhido no primeiro jogo, acho que isto foi um reconhecimento do valor e da prestação colectiva. Talvez me tenha destacado um pouco mais e por isso decidiram homenagear-me por isso.
Antes do jogo disse que era um orgulho defrontar o Alessandro Troncon que também joga a médio de formação. Como foi esse duelo?
Correu bem. O Troncon fazia a sua centésima internacionalização e foi o sexto jogador, de sempre, a conseguir atingir esse número. Jogar contra um jogador da sua craveira, ainda por cima num marco desses na sua carreira, foi importantíssimo. Acho que isso deu-me mais motivação a mim do que a ele e penso que consegui anulá-lo e ser superior ao nível do jogo.
No final dos três jogos a selecção portuguesa recebeu sempre uma enorme ovação. Sentem que têm tido no estrangeiro o reconhecimento que em Portugal não recebem?
Há um ano atrás dizia que sim. Acho que houve um ponto de viragem que foi a nossa vitória contra o Uruguai que nos garantiu o apuramento para o Campeonato do Mundo. Agora acho que a comunicação social tem estado connosco e todas as pessoas com quem eu falo dizem que o râguebi tem tido uma enorme visibilidade em Portugal. Nos jogos temos visto os estádios cheios como nunca tínhamos visto na vida, mas muitas dessas pessoas vêm de Portugal para nos apoiar e tem estado cá os nossos familiares e amigos de sempre continuam connosco. Não é só a comunidade portuguesa que nos tem apoiado desde o primeiro dia em que cá chegamos, mas também temos sentido muito apoio de Portugal.
Quando apenas falta disputar um jogo, que balanço se pode fazer da participação portuguesa no Campeonato do Mundo até esta altura?
É difícil. Talvez ainda seja prematuro. Temos feito excelentes exibições, só é pena que os resultados não estejam a mostrar as dificuldades que temos colocado nas outras equipas. O importante é todas as pessoas perceberem que o Mundial não foi uma meta, mas sim um pouco de partida e que agora temos que capitalizar esse investimento que fizeram em nós. Uma vitória contra a Roménia dará um maior alento, mas o futuro não pode passar só pela vitória nesse jogo. O que já fizemos se calhar já foi suficiente para isso.
Qual é que vai ser a estratégia para o jogo contra a Roménia?
Ainda não pensamos nisso. Ainda vamos analisar o estilo de jogo deles e como jogam. Eles têm um estilo de jogo diferente do nosso e nós gostamos de jogar contra eles e sabemos os seus pontos fortes e fracos. Os treinadores agora vão ter que definir a estratégia para sabermos como os podemos derrotar.
Se surgir após o Campeonato do Mundo um convite para jogar no estrangeiro está disponível para o aceitar?
Claro que sim. Já tive uma experiência no estrangeiro, em Itália, mas a nível amador. Fui estudar e, por acaso, joguei também. Agora, como é óbvio, queria um nível profissional. Se houver propostas aliciantes aceito, embora haja muitas condicionantes em jogo e planos de vida que terão que ser adiados.
3 comentários:
Eu ouvi o relato do jogo via rugbyrama pela internet e devo dizer que os comentadores franceses estavam maravilhados com a qualidade do jogo Portugues.
Forca
Pedro
Aquele senhor que disse que não via nada de extraordinário ouvir o hino da selecção de rugby devia ver a diferença esta selecção AMADORA que luta pela camisola até ao fim com as melhores equipas do mundo e a outra selecção profissional onde os jogadores por vezes nem cantam o hino, que se empenham muito pouco e que ganham milhões...Lobos obrigada pela maneira como jogam!
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